segunda-feira, 16 de maio de 2016

"Eu mexi no teu queijo"

Este é o nome do livro que eu li recentemente, que me foi oferecido por uma amiga como prenda de anos. Não só gostei bastante de o ler, como também me pôde ser muito útil e me fez pensar de forma diferente em relação à forma como encaro as coisas.

Um bom exemplo disso é a minha falta de leitura dos últimos tempos (e de escrita também). Eu sempre gostei muito de ler livros e quando os leio, "viajo" na história, caso esta se identifique comigo.

No entanto, nos últimos tempos toda e qualquer coisa se tornava aborrecida de ler, com exceção de revistas, jornais, notícias e alguns blogs, coisas curtas. Não por ser preguiçosa com a leitura, nada disso, mas sim por razões pessoais. Acabo sempre por me distrair com outras coisas e lá a leitura fica esquecida durante uma boa temporada.

Para começar, este livro insere-se na categoria de auto-ajuda e está muito direcionado às áreas de economia e de gestão mas pode-se muito bem inserir até mesmo a nível pessoal.


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Este livro acabou por me prender porque, para além de ser pequeno, a história que lemos acaba por se identificar connosco, se for o caso. Na minha opinião, acho que qualquer pessoa se identifica com este tipo de livros.

Tudo começa com um grupo de ratos que vive num labirinto. Os ratos têm duas hipóteses: ou se conformam em viver no labirinto como vivem e simplesmente o fazem em prol do queijo que lhes é fornecido sem se questionarem da sua existência ou, tal como Max, questionarem-se da existência de tal labirinto, do que existe para lá daquelas paredes.

Esta é uma excelente metáfora para muito boa gente que, tal como eu, vivem enclausurados num labirinto. Cabe-nos a nós questionar o labirinto, fazer com que ele mude, interferir com ele pois nós fazemos parte dele e a mudança é inevitável. Não temos só que o aceitar, devemos olhar para cima dele, para dentro dele. Fazer mais do que simplesmente aceitá-lo. Temos que o compreender mas também temos que o explorar.


Muitas vezes não nos é possível sairmos do labirinto ou de pensar para lá do exterior. Porquê? Tal como diz o autor, porque o problema não é o rato que vive no labirinto; é o labirinto que existe no rato. Cabe ao rato aceitar este facto e existir para além das infindáveis buscas de queijo.

Não sei se me estou a conseguir fazer entender mas traduzindo para miúdos: Imaginemos o sistema em que vivemos. A nossa vida parece boa porque temos tudo aquilo que nos poderia fazer falta (o queijo) mas por vezes parece faltar-nos algo mais... O labirinto aqui está dentro de nós, não somos só nós a viver no dito cujo.



Se por um lado nos parece faltar algo mais apesar de nos conformarmos com o que temos, por outro lado temos a nossa apatia e conformismo por fazermos com que tal seja aceitável e é aqui que temos que intervir. Como? Cada um terá de descobrir de que forma poderá agir para evitar que os obstáculos se tornem apenas nisso; eles têm de ser um veículo para o sucesso. Como já dizia Fernando Pessoa, "Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia vou construir um castelo".


Não me quero debruçar muito mais sobre este assunto porque não quero tornar o livro entediante, mas pronto, já sabem mais ou menos o tipo de livro que é e garanto-vos que não se vão desiludir. Bem pelo contrário, a vossa vontade de se desiludirem com algo poderá até reduzir significativamente, dependendo da forma como o interpretem. Mas aqui fica um conselho da minha parte que também não é nenhuma novidade: Pensem "outside the box" ou "fora da caixa" em português. Não dêem importância à opinião dos outros; são vocês o principal meio de transporte para cada patamar ao longo da vossa vida.





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